Ao longo dos últimos anos, as despesas com saúde não param de crescer.
Plano de saúde é um benefício supervalorizado pelo trabalhador brasileiro, porém, os custos com saúde representam o segundo maior investimento feito pelos empregadores, ficando atrás apenas da folha de pagamentos.
Esses dados deixam claro que este benefício, que é de extremo valor para o colaborador, é um potencial gerador de grandes custos para a empresa.
Por isso, é preciso entender por que os custos com saúde seguem subindo, e também que ações podem ser adotadas pelas empresas para reduzir os custos com esse benefício, sem abrir mão do bem-estar dos colaboradores.
Por que os custos com saúde aumentam
- Reajustes
Os planos de saúde empresariais, assim como os individuais, sofrem reajustes, que tem por objetivo garantir a sustentabilidade das operadoras.
Anualmente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulga um teto para o reajuste dos planos individuais, um cálculo que, desde 2019, se baseia no IPCA ― Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.
Acontece que, independentemente desse cálculo levar a um reajuste considerado justo, não existe definição de teto de correção do valor cobrado pelo plano de saúde empresarial.
O reajuste é um acordo estabelecido diretamente entre a operadora e a empresa contratante.
- Sinistralidade
O valor sofre alterações também, de acordo com a utilização dos serviços pelos funcionários e por seus dependentes.
Ou seja, quanto mais os trabalhadores utilizam o benefício, mais o preço sobe. Esta é a chamada sinistralidade dos planos de saúde.
Levantamentos indicam que são feitas mais consultas, exames, procedimentos, terapias e até internações do que realmente necessário. Em meio aos serviços usados, há uma parcela que poderia ser evitada, contribuindo para reajustes menores, o que poderia reduzir de forma significativa os custos da saúde para a empresa.
- Inflação médica
A variação do custo médico-hospitalar (VCMH), é a medida usada pelas operadoras de planos e seguros de saúde para aplicar o reajuste anual nos contratos com as empresas.
Sem dúvida, as altas taxas de sinistralidade somadas a uma inflação médica têm tornado os custos com saúde insustentáveis em várias empresas.
- Faixa etária da população
Vale lembrar, que o valor do plano de saúde também sofre reajuste por mudança de faixa etária e isso independe se falamos de um jovem adulto ou de uma pessoa idosa.
- O plano pode não ser o ideal para o seu negócio
Entender os detalhes do serviço e, a partir disso, saber se ele oferece o que o seu negócio precisa é outro fator que pode ajudar a optar por planos mais certeiros para os seus colaboradores.
Exemplo disso é quando a empresa opta por programas de saúde existentes nos planos que não condizem com a realidade da sua equipe.
- Falta de ações preventivas
Investir em ações preventivas para cultivar bons hábitos nos funcionários antes de contratar planos e benefícios de saúde. Soluções de baixo custo e que estão ao alcance das empresas para incentivar a preferência por um estilo de vida saudável.
Dessa forma, além de buscar formas de negociar, é imprescindível que a empresa tenha uma boa gestão dos planos para entender como, de fato, pode impedir o aumento desenfreado de seus custos com saúde.
Como diminuir esses custos?
Dessa forma, além de buscar formas de negociar, é imprescindível que a empresa tenha uma boa gestão dos planos para entender como, de fato, pode impedir o aumento desenfreado de seus custos com saúde.
Para garantir a oferta desse benefício tão importante e minimizar seus custos, elencamos a seguir algumas dicas de gestão:
1 . Conheça a sua equipe
Entender as necessidades do seu negócio é o primeiro passo para oferecer vantagens aos seus colaboradores que visam preservar a saúde. Saber por exemplo com que frequência eles utilizam o plano, localização geográfica, quais são as especialidades mais procuradas por eles, se há mães e pais que precisam inserir seus beneficiários, entre outros.
2. Realize cotações periódicas
As corretoras são especializadas em fazer cotação de preços de planos de saúde, pois buscam entender a realidade da empresa e indicar o melhor custo-benefício. Por isso, invista em empresas que vão personalizar os serviços e escolher a melhor operadora para a sua realidade. Priorize aquelas em que você confia e sabe que o foco está em resolver o seu problema e não em ganhar comissão.
3. Considere adotar coparticipação
Esse é um excelente recurso para reduzir os custos com saúde, pois o colaborador ficará responsável por uma parte do pagamento. Especialmente nos casos em que houver a inclusão de dependentes, essa pode ser uma boa solução para ambas as partes.
4. Eduque sua equipe
Como falamos, o uso errado do plano de saúde e, às vezes, até excessivo, pode refletir no preço. Sabendo disso, é importante orientar os colaboradores para fazer um uso consciente dos serviços.
5. Pós-venda
Outro impacto nos custos está atrelado ao tempo gasto solucionando problemas. E, os planos e seguros de saúde contam com muitos detalhes que, se não forem bem avaliados, resultam em perda de tempo do setor em resolver questões burocráticas.
6. Promova saúde e qualidade de vida na empresa
Investir em medidas para incentivar hábitos saudáveis também é um dever da empresa que visa reduzir os custos com planos de saúde empresariais. Ofereça palestras e cartilhas com orientações que incentivem a prática de atividades físicas, a prevenção a doenças, a alimentação equilibrada — fundamental para ter uma boa saúde — entre outros
- Acompanhe e oriente quanto ao uso
Analisar como o plano vem sendo utilizado, é uma forma importante e necessária para fazer adaptações no momento de renovar o plano, para oferecer o benefício mais adequado à sua equipe e menos oneroso à sua empresa.
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